domingo, 18 de outubro de 2009

o maestro, o malandro e o poeta.


Respectivamente, Vinicius, Chico e Tom.

Quarta-feira prestigiei um show no João sem Gilberto, o último dos três acima, do Projeto Roda Viva.
Uma bandinha de Porto Alegre muito boa tocou os principais sucesso de Vinicius de Moraes e uma série de outras composições não tão conhecidas assim.

Acho o Vinicius o mais pessimista dos três.

Ele passa o tempo inteiro falando de tristeza.

A frase que talvez reflita isso, seja uma das mais conhecidas dele: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".
Vivemos desencontrando as pessoas, as coisas, não encontrando a materiliazação dos nossos desejos.
Quero me convencer de que o universo conspira a favor da gente. Ou seja, talvez alguns encontros não aconteçam para evitar sofrimentos maiores, ou as vezes acontecem para que reflitamos o que nos faz felizes.
Isso pode ser uma coisa inventada. De que a gente tem que ser feliz. Não me importo. O objetivo final da minha vida é ser feliz. Por isso, quando eu não estou feliz, ou alguma coisa me incomoda, eu me faço duas perguntas: "Laíne, tás feliz?" e "Laíne: tu precisas passar por isso?".
Ninguém tem que se humilhar ou ser infeliz para agradar os outros, muito menos mendigar amor ou se contentar com coisas pela metade.
Passei um final de semana sentindo-me bastante sentimental e melosa.
Eu quero ser muito feliz, sempre.
E por pior que seja, as vezes temos que superar algumas coisas. As vezes as coisas ficam inacabadas. E dá uma baita vontade de chorar. E esquecer as coisas inacabadas é uma das maiores dificuldades de seres humanos sentimentais e românticos como eu.
A verdade é que nunca vou matar a Amelie (percebam o ecletismo: comecei com MPB e vou terminar com cinema francês, hehehe) ... que existe dentro de mim. O Nino um dia aparecerá e provavelmente também irá embora... encontro e desencontro...
O próprio Arnaldo Jabor*, escreve sobre as histórias mal resolvidaas da nossa vida. E que para evitar esse tipo de coisa, o negócio é gastar o amor até o fim. Nem sempre é possível...
Mas... a vida continua.

E ao mesmo tempo:

A questã é ser otimista Poetinha!
Vinicius de Moraes nasceu em 1913 e casou-se nove vezes!!! (dá pra entender porque falava em desencontro e tristezas)
Morreu em 1980. Se tivesse morrido em 2009, talvez até reveria alguns conceitos e perceberia que depois que inventaram telefone celular, desencontro se tornaram mais difíceis.

Como já diria o gurizinho do Tang: "eu quero é mais!"... e tenho muito mais para dar!


Hasta!




Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem cor
Jogado aos meus pés
E saudades fúteis
Saudades frágeis
Meros papéis

(Do malandro)



* Arnaldo Jabor escrevendo sobre relacionamentos é legal, mas politicamente é um fascista.

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