quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Supermercado da URSS.


Burocracia é uma "questã" deveras discutida no mundo acadêmico da sociologia, ciencia politica, administração, contábeis, etc etc etc...
Max Weber dizia que a intensa racionalização e burocratização da sociedade levaria ao "esmagamento do espiírito humano", o tal "desencatamento do mundo". Pois bem. Sempre achei que já tinha visto tudo nesse sentido, mas com certeza, o tipo ideal de burocracia contruído por Weber, foi visto por mim e por meu amigo Laurinho, na sua forma pura, no MAKRO, um hipermercado em Florianópolis.

Ao tentar passar no caixa, a moça pergunta: "vocês tem o cartão?"
- "Cartão?"
Lá foi o pobre do Laurinho fazer o tal cartão, imprescindível para que se comprasse uma folha de alface que fosse, no tal hipermercado. Mesmo que fosse para pagar em dinheiro.

_ Oi moça, quero fazer o cartão! - diz Laurinho.
_ Me diga seu CPF, senhor.
_ yugfyusgdfsduhfuidhfu
_ Mas o senhor não tem cadastro.
_ Não minha querida, quero apenas comprar meia dúzia de coisas, posso? Sou de Porto Alegre e estou de passagem.
_ De Porto Alegre?
_ Sim, estou passando o final de semana aqui e queria comprar umas coisinhas.
_ Ahhh... então vou fazer um cadastro provisório. Seu CPF e RG, por favor.

Voltando ao caixa a moça passa os produtos. E diz: R$ 14,00.
Pagamos e imediatamente ela fala:
_Como aqui é um macroatacado, não temos sacola, senhor.

Laurinho e eu nos olhamos e imaginamos a cena: os dois saindo equilibrando as coisas nos braços.

Assim, a moça me sugeriu que eu procurasse uma caixa de papelão e lá fui eu.
Consegui uma e colocamos as coisas dentro.
Quando finalmente achei que poderíamos sair, aparece um rapaz e diz: deixe-me ver a nota e as compras para conferir.

Quê?

O rapaz viu que ficamos incomodados.
E conferiu rapidinho.

Ao sair, rindo muito da situação, fomos pedir uma informação para um guardinha. Que se levantou pegando o rádio: achou que fôssemos assaltantes. huahuauuaauahau

Segundo o Lauro: "essa tinha que ir pro Blog!"

E ao contrário do que disse Weber, essa história só serviu para reacender o espírito humano: de raiva e de boas rizadas.

Hasta!

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